Brasília (DF) – Em busca de soluções inovadoras e viáveis de modelos de habitações de interesse social, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), premiou, nesta quarta-feira (30), os projetos vencedores do Concurso de Arquitetura “Habitação de Interesse Sustentável”. Os três trabalhos selecionados serão implantados como protótipos do Programa Casa Verde Amarela.
O ministro Rogério Marinho parabenizou os três vencedores do concurso. Ele fez a entrega simbólica dos troféus e falou sobre a expectativa de ver as obras sendo replicadas pelo Brasil. “Espero que aqueles que foram contemplados possam fazer escola. O que nós queremos são exemplos que possam ser replicados nos diferentes territórios do País, de forma que possamos atacar esse déficit habitacional e a necessidade de organização das cidades com esse viés de sustentabilidade e de respeito ao meio ambiente”, afirmou.
O concurso teve como critério de seleção quatro eixos: eficiência energética, industrialização, adaptabilidade e custo. O objetivo é que as construções garantam mais conforto ambiental com menos custo e menor consumo de energia e possam ser reproduzidas em larga escala. Além disso, devem se adaptar às mais variadas condições de climas e terrenos brasileiros, além de se adequar à realidade financeira do Brasil.
Diante das exigências previstas no edital, os três projetos vencedores preveem ferramentas como aquecimento de água por via solar, sistema de captação para tratamento e reuso de águas pluviais e acessibilidade para portadores de necessidades especiais, entre outras ações de sustentabilidade e acessibilidade.
Ricardson Ferreira Ricardo, da Síntese Arquitetura, é um dos três vencedores do concurso. Ele se diz animado em ver seu projeto se tornar realidade em breve. “Estamos muito otimistas com essa possibilidade de implementar esses projetos. A construção visando a economicidade, uma baixa manutenção e viabilidade para industrialização, tudo isso facilita para que o morador consiga manter a habitação e que consiga ter um baixo custo ao utilizar”, afirma o arquiteto.
Paula Vilela e Souza, da Filmes De Bolso Produções, destacou a abrangência do concurso. “É de grande importância poder celebrar esta premiação. É bacana ter três bons projetos sendo premiados, três propostas de altíssima qualidade que servirão de modelo para podermos construir boas arquiteturas dentro desse tema chave da habitação de interesse social. Será um momento de celebrar a ousadia desse concurso”, aponta.
Também vencedor do concurso, Luís Eduardo Loiola De Menezes, da Mira Arquitetos, vibrou com a oportunidade de poder contribuir com a construção de habitações sociais melhores. “É uma honra ter um projeto escolhido em concurso como este. É importante ter o trabalho reconhecido, mas principalmente poder contribuir para o debate e para a melhoria da produção nacional”, disse.
Os três vencedores receberão R$ 20 mil e assinarão um contrato de R$ 113,3 mil com a GIZ para implantação dos projetos em terrenos cedidos pela Associação Brasileira de COHAB (ABC). Outros três projetos também receberão R$ 20 mil. Lançado em março deste ano, o concurso reuniu 66 projetos de arquitetos e engenheiros de 21 estados do Brasil e do Distrito Federal.
Por meio do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre a Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do MDR e a Associação Brasileira de COHABs e Agentes Públicos de Habitação (ABC), foi lançado nesta quarta-feira Edital de Chamamento para Seleção de Terrenos, em que COHABs de todo o Brasil poderão concorrer, disponibilizando terrenos de sua propriedade para implantação dos projetos vencedores. O edital prevê que os terrenos devem comportar de 100 até 150 moradias. Saiba mais neste link.
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